Naquela tarde ela não foi trabalhar. Inventou uma desculpa esfarrapada e na hora do almoço pegou
sua bolsa, passou pelo toalete e desceu as escadas com o coração na mão.
Caminhou cerca de duas quadras, ora apressada, ora mais devagar. Suas mãos suavam frio e o coração em disparada anteviam o que estava para acontecer.
Parou na esquina da Azenha com a Botafogo, tirou da bolsa um pequeno espelho e pôs-se a retocar o batom.
Na verdade não retocava nada. Não conseguia. Sua cabeça girava e o pensamento ia longe. Quase trêmula pegou o celular para ver se havia alguma nova mensagem, mas nada!
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