terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Festa dos Prazeres



Descomporte-se:
Que a seiva verte abundante
do teu ventre;

Desarme-se:
Que nas lutas daqui,
todos saem vitoriosos;

Desvirtue-se:
Que a noite não é inocente
e queremos mais;

Desiniba-se:
Que devem os tabus (um a um),
ficarem do lado de fora;

Desafore-se:
Que uns palavrões desconexos,
são música para o porvir;

Despossua-se:
Que o prazer deve ser dividido,
oferecido;

Desarrume-se:
Que a cena é perfeita
e somos incorretos;

Despertença-se:
Pois que dividir é somar
e teus olhos devem brilhar;

Desadulte-se:
Que podemos brincar mais e mais,
feito fedelhos famintos;


Dispa-se:

Que é preciso tocar o nu
com o nu;

Desaprenda:
Que não existem regras
e nem números exatos;

Desfaleça:
Pois que gozar é divino,...

E hoje, aqui, neste quarto, 
somos deuses e demônios 
na festa dos nossos prazeres!

E você tem um convite na mão.

3 comentários:

  1. Adorei o texto.
    Intenso e envolvente, como sempre.

    Beijinhos da Lola.

    ResponderExcluir
  2. amo esse poema, e essas imagens são a sua cara vida...ah linda imagem do dia, bjo!

    ResponderExcluir
  3. In,

    Combinação perfeita concordo com a "sócia",

    bjK@s

    ResponderExcluir