Descomporte-se:
Que a seiva verte abundante
do teu ventre;
Desarme-se:
Que nas lutas daqui,
todos saem vitoriosos;
Desvirtue-se:
Que a noite não é inocente
e queremos mais;
Desiniba-se:
Que devem os tabus (um a um),
ficarem do lado de fora;
Desafore-se:
Que uns palavrões desconexos,
são música para o porvir;
Despossua-se:
Que o prazer deve ser dividido,
oferecido;
Que a cena é perfeita
e somos incorretos;
Despertença-se:
Pois que dividir é somar
e teus olhos devem brilhar;
Desadulte-se:
Que podemos brincar mais e mais,
feito fedelhos famintos;
Dispa-se:
Que é preciso tocar o nu
com o nu;
Desaprenda:
Que não existem regras
e nem números exatos;
Desfaleça:
Pois que gozar é divino,...
E hoje, aqui, neste quarto,
somos deuses e demônios
na festa dos nossos prazeres!
E você tem um convite na mão.
Adorei o texto.
ResponderExcluirIntenso e envolvente, como sempre.
Beijinhos da Lola.
amo esse poema, e essas imagens são a sua cara vida...ah linda imagem do dia, bjo!
ResponderExcluirIn,
ResponderExcluirCombinação perfeita concordo com a "sócia",
bjK@s