terça-feira, 17 de abril de 2012

Poesias


POESIAS I

Não tenta entender as poesias.
                 (pois que é em vão o esforço),
Respira fundo, olha o horizonte.
Sente a brisa dançando
com teus cabelos soltos.
O entender de qualquer poesia,
por mais intensa que possa ser,
cabe inteira num único suspiro.
Desde que ele emane do âmago
e, feito balão de gás, suba,...
Suba e, suba mais.
Como que querendo alcançar a lua.
a mesma lua que tantas vezes
iluminou os sentimentos deste poeta.

Quando todo o resto parecia breu!

POESIAS II


As poesias têm vida própria.
Elas nos usam para vir ao mundo;
Não pertencem a mão que as
trouxe à luz.
São de todos que as lêem.
E nós, tolos poetas
acreditamos que somos iluminados,
inspirados,...
Sequer escolhemos as poesias,
elas nos escolhem.
E, no final,
entre uma tristeza e outra,
nos acolhem; Por fim,
em suas entrelinhas.
Nos aquecem e secam nossas
lágrimas de nanquim.

POESIAS III


Poesias safadas
passeiam ousadas,
brincam taradas,
fofocam cantadas,
suspiram beijadas,
e adormecem
gozadas!




POESIAS IV


Os poeminhos querem ganhar o mundo.
Sair por aí feito giramundo.
Não lhes bastam mais as sufocantes
páginas de livros empoeirados.

Querem  dar bom dia, andar na rua.
Falar do sol, contemplar a lua.
Recitarem-se nas praças, no corredor.
Falar da vida, falar de amor.

E eis que inicia, 
dos poemas, a revolução.
É a hora e a vez 
das coisas do coração.

Abaixo ás raízes quadradas 
e as equações.
Manifestem-se todas as emoções!
Recite um poema,... um versinho.
Seja o que for, mas o faça com carinho!



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