quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Naquela Tarde

Naquela tarde ela vestiu sua melhor lingerie sob um belo vestidinho e foi à rua flutuando sobre as velhas fantasias empoeiradas.
Era quinta-feira, mas tinha um cheiro de sábado no ar que até parecia seu perfume de outrora.
Vestiu também seu melhor sorriso e um olhar que brilhava feito pedras preciosas.
Olhou demoradamente as vitrines, flertou com manequins como se imaginários pretendentes fossem. Imaginou galanteios desejosos. Sentiu-se viva e foi-se a passos lentos.
Impossível não lembrar daquele amor do passado, que tantas alegrias e sensações havia trazido à sua vida. Tantos momentos de prazer indizíveis, devaneios avassaladores,...
Mas agora era passado e como tal, lá que deveria ficar.
Olhava o futuro e sabia que era questão de tempo até que seu coração desobediente a impulsionasse a novos voos e rasantes.
Seu corpo já estava preparado, sua mente esperançosa. Faltava apenas que o destino fizesse sua parte e ela acreditava piamente que ele o faria.
Havia um novo ano chegando e esta mulher com espirito de menina estava pronta para o que a vida lhe oferecesse.
Faria valer cada segundo desta sua nova fase. Seus desejos gritavam e as fantasias guardadas queriam virar momentos, fatos e sabores.
E assim seria! Que venha 2015.


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