terça-feira, 2 de setembro de 2014

Profanos

A tarde caia fria
enquanto a nervosa dama
suava frio e tremia.
Era um sopro de desejo
o que a menina sentia.

Voar em prazeres profanos
era agora o que ela queria.
Seu corpo implorava o toque;
sua alma era toda orgia.

Ante o seu nu refletido
vislumbrou-se mulher esguia;
Para um amante profano
as suas pernas abria.

Cerrou os olhos e aflita
com as unhas lhe escarnecia;
Sentindo-se possuída
a jovem mundana gemia.

Tomada de frenesi,
 despetalada,... gemia;
Tornou-se fêmea caliente
aquela faminta guria.

Dos cabelos cacheados:
Alva de noite e de dia;
Arisca, domada e tesuda:
Prenda que em fogo ardia.
Saciada, mulher e curiosa:
Faminta e sempre guria.

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