Tal qual a água de um rio, que
ao olhar você a vê, mas jamais será a mesma novamente, vivemos
em constantes
transformações e, embora nossos rostos e gestos pareçam sempre tão iguais, hoje
não somos o que fomos ontem e amanhã não seremos iguais a hoje.
Cada novo fato, cada detalhe,
cada percepção de vida, sensações, duvidas, erros e acertos, fazem com que algo
mude irreversivelmente dentro da gente. É quase como rever fotos antigas e se
espantar diante de como você era a algum tempo atrás.
Hoje me peguei pensando em
coisas do passado e percebi que não sou mais o mesmo. Aquele (In) que falava
sobre banalidades e pensava que ali residia o prazer de viver e conviver ficou
em algum lugar do passado. Hoje, arrisco-me a querer mais, a querer melhor, se
é que é possível. Não que me queixe do passado ou das pessoas que por ele
transitaram. Devo a elas o fato de ser o que sou hoje e gosto de ser exatamente
assim. Mas olhar para trás sem saudosismo tem seu lado positivo. Podemos e
devemos crer que nossos erros nos fortaleceram de alguma forma e que, sem eles
não teríamos angariado o aprendizado necessário nesta caminhada só de ida
chamada vida.
Uma das coisas que eu descobri,
ou melhor constatei. Por que afinal eu não descobri o fogo e nem inventei a
roda, é que a verdade dói e as pessoas fogem de quem as profere sem medos.
Algumas verdades devem ser colocadas dentro de uma caixa pesada e atiradas ao
fundo do mar para que ninguém as venha a revolver. É como se ter passado fosse
feio ou pernicioso. Mas enfim, estamos a um passo de um novo ano, não que isso
mude algo, exceto as esperanças que se renovam.
Quem sabe as pessoas que de
alguma forma contribuíram para este meu amadurecimento enquanto ser humano
melhor, um dia venham a orgulharem-se disso.
Um grande beijo do (In)!
Adorei ler tão sábias palavras que refletem exatamente o que eu penso.
ResponderExcluirSuper beijos!
Rا@V£RmëLh@