quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Desejos em 3 x 3


Elas desejavam-se com a intensidade que somente uma criança consegue desejar seu doce. Sonhavam com aquele momento e agora ele chegara. As roupas espalhadas pelo chão eram uma prova irrefutável da urgência de ambas.
No inicio, a timidez mesclada ao sabor de pecado fizera com que ambas preferissem a meia luz. Ainda eram gestos trêmulos, embora carregados de um desejo represado por tanto tempo. Elas queriam as carícias, queriam os beijos e os toques uma da outra, mas acima de tudo buscavam o prazer incondicional, sem limites ou fronteiras. Naquela tarde elas decidiram que nada mais existia lá fora, o mundo resumia-se aquele quarto que media em média 3 x 3 m e, nele cabiam todos os seus desejos e anseios. Cada devaneio estava ali, pronto para virar uma realidade doce como o mel que ambas produziam em fartura pecaminosa.
Dois pares de seios rijos a tocarem-se, quatro mãos num ritmo frenético a explorarem os corpos uma da outra. Línguas e bocas ávidas, gulosas e amantes. O primeiro beijo entre ambas foi de uma cumplicidade de dar inveja, tinha entrega e consentimentos calados. Já o segundo foi molhado, quente e com sabor da seiva que somente elas sabiam como produzir com tanta intensidade.
Depois vieram os gemidos e as palavras desconexas, os gestos desuniformes e o explorar de dedos safados, invadindo os mistérios que tanto as atiçavam, desvendando-os com fúria e volúpia ímpares. Quadris inquietos, murmúrios largados e palavras soltas, do tipo:

-- Me come vai!
-- Gostosa. Como eu queria isso!
-- Chupa a minha bucetinha!
-- Que dedo safado. Não paaaraaaaa!
E o inevitável:
-- Eu vou gozar!

E foi assim que pela primeira vez elas se entregaram uma a outra. Sonhavam com este momento desde sempre. Desde aquele primeiro olhar quando foram apresentadas por um amigo comum. Sabiam que seria impossível voltar atrás e agir como se não tivesse acontecido nada, mas afora isso ambas tinham namorados, tinham projetos, sonhos e planos. E foi logo depois de um suspiro que uma delas falou baixinho:
-- E por que não nós quatro juntos?

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