Nunca havíamos feito nenhum
pacto BDMS ou algo do gênero. Contudo existia em nossos íntimos, desejos e
fantasias que implicavam prazer, um cadinho de sadismo, submissão e domínio,
aliados a dores em doses homeopáticas.
Quase sem percebermos,
fomos nos entregando aquele mundo de novas sensações, utensílios peculiares e
toda uma atmosfera que nos envolvia e remetia-nos mais e mais para uma entrega
imensurável. Não havia mais eu ou ela, havia o dono e sua escrava. Ambos
imbuídos em extrair e proporcionar o máximo de prazer ao outro.
Uma inocente taça de vinho
a meia luz perto da lareira era o suficiente para ligar aquele botãozinho
secreto que liberava nossos seres internos e instintivos, predadores e
opressores, que buscavam verdadeiras odisséias do corpo e da alma. Eram viagens
a dois, não havia mais lugares nesta embarcação ainda um tanto a deriva. Também
não havia rótulo, nem regras ou limites. Havia sim, um punhado de desejos
latentes que gritavam para tornarem-se reais.
E foi assim que, quase sem
perceber, Friedrich e sua Flor (Identidades que assumíamos em nossos encontros
carregados de luxúria) engatinhando ainda, descemos aos porões
da alma. Brincávamos com grilhões imaginários, ferros quentes inexistentes,
títulos de nobreza e masmorras, que agora eram reais em nosso pequeno, mas
prazeroso e vasto mundo particular de prazeres e descobertas. Os limites, um a
um iam sendo vencidos, contornados e reinventados. O Dono (eu) sentia-se
orgulhoso de sua sub e ela, por sua vez, completamente realizada por estar ao
lado de um Dono que lhe dedicava tanto amor.
Havia uma coleira e um anel
de Dono, ambos com um brasão peculiar, que significava que um pertencia ao
outro e que nada nesta dimensão, teria o poder de desfazer tal entrega.
Poderíamos afastarmo-nos, não nos falarmos por algum tempo e até virmos a
provar o sabor ocre da ausência, mas jamais poderíamos negar o mundo que
juntos, havíamos desvendado e batizado “Porões da Alma”.
Nunca fizemos um contrato
por acreditarmos que estávamos contratados desde antes, muito antes,...
Cada prazer obtido e
ofertado nestas entregas loucas foi considerado como prova viva de que éramos
parte um do outro. E isso nos bastava naquele momento!
Sublime, intenso e muito verdadeiro...o q li aqui é o que levo comigo na alma e q sei que vc é o dono perfeito para tudo o que queremos juntos!
ResponderExcluirPerfeito esse texto vida, prazer mútuo...amo vc dono!!!
Texto perfeito, sobre a submissão pelo amor, sem papéis ou contratos.
ResponderExcluirAmor, prazer, dor, confiança e entrega.
Simples assim.
beijos borboléticos!
Hummm não sabia desse teu lado ...rsrs bjss
ResponderExcluirPerfeito...
ResponderExcluirVi verdade aí...e pra mim, é assim que tem que ser. Adorei.
ResponderExcluirBeijos