Sujeito comum, hábitos simples.
Por pura falta de conhecimento condenava as práticas BDSM e toda a atmosfera
que o envolvia. Não entendia como, o prazer poderia advir da dor e nem como
alguém poderia servir à tais práticas.
Na verdade, ele sequer entendia
a si próprio. Apesar de uma vida repleta de relações fast food, seguida por uma
introspecção total, advinda da opção pela resignação ante seus próprios desejos
e gritos mudos. Preferia não ter rótulos e, assim transitar entre várias
práticas, tendências e opções.
Sempre foi hétero e disto tinha
orgulho de jamais ter aberto mão. Contudo, ele sabia que transar após uma briga
o deixava mais aceso. Sabia também que submeter sua parceira a algum desafio
relacionado a calor, frio, tamanhos ou diâmetros o incendiava. Adiar o orgasmo
de suas parceiras, fazendo-as pedirem ou até mesmo implorarem para que ele
continuasse ou voltasse a “fazer” o deixava completamente alucinado.
Então, o que seria este nosso
amigo? Como podíamos qualificá-lo ou classificá-lo?
Nesta caminhada de ponderações e
interrogações, outra coisa ele descobrira. Descobrira que não gostava de
títulos de nobreza. Eles soavam como uma piada de mau gosto, pelo simples fato
que eram auto auferidos e que em nada tinham a ver com a realidade ou a
descendência. Alguém achava-se Lorde ou Conde e assim passava a denominar-se. Isto num mundo onde se prega a ausência de diferenças não lhe
parecia de bom tom,... Mas vá lá que seja. Ao menos respeitava. Embora
discordasse.
Mas é sabido que as rodas da
vida não param nunca. São por vezes cruéis, mas sempre esclarecedoras. Conversando
com uma amiga pouco convencional, de idéias revolucionárias e completamente
embasadas pelo conhecimento de causa, em seus textos foi se vendo pouco a
pouco. Cada desejo, cada ato praticado no passado, cada omissão ou até mesmo a
vergonha do “sentir” e achar errado.
Ele lia-se nas palavras da
amiga. Descobria-se como nas páginas de um livro. Lá estava ele, não ainda o
protagonista, mas um personagem de caráter e hábitos bem definidos. Nem mocinho
e nem vilão, mas apenas concluíra que todo o passado vivido servira-lhe de
inspiração para o novo ser que agora clamava por seu espaço. Estava nascendo,
fruto de um parto lento e muito bem ensaiado este novo homem,... Que doravante
se chamaria:
DOM PLEBEU!
Ou (In)Correto, para os amigos.
KERIDO IN,
ResponderExcluirAmei seu texto tão simples e direto, acho q muita gente pensa assim e isso fez o texto mais fascinante.
DOM PLEBEU é um nick perfeito nem realeza e plebe.
Nem bandido nem vilão;
O jogo de palavras de um homem inteligente.
Sua fã! Já sabe nem preciso te paparicar, rs
BJOOOOOOOOO
Moço
ResponderExcluirAdorei a descoberta do bdsm por um dominador.
Sensual, leve e gostoso de ler, só tinha visto sua poesia.
Bj!
Sexoyrocknroll
Mocinho...
ResponderExcluirSempre disse a aqueles que não entendiam,que não era fuga,nem me esconder...nem estima,nem nada...mas vi que de nada adiantava..Só sentindo né??
Sei que entende hoje,através de muito ler,aprender,conhecer,viver...sentir é entender...
Beijos em vcs
{Nega}_(V)