sábado, 7 de janeiro de 2012

Lia

                Lia, menina acanhada, tímida. Vida sexual ainda engatinhando e muita ânsia de aprender sobre os atalhos do prazer e de seu próprio corpo. Corpo que, diga-se de passagem, causava inveja às próprias amigas, nos raros momentos de troca de prazeres entre elas,  devido a beleza e perfeição dos detalhes.
                Jorge, moço safado, mais vivido, com algum histórico e fama maior do que fazia jus. Jeito atlético e marrento, feito rapaz de academia.
                Cruzavam-se na escola sem nunca terem conversado sequer.
                Encontraram-se quase que por acaso numa festinha entre amigos comuns. Ela sentada, vendo o movimento com os olhos brilhantes e afoitos, ele perambulando com seu instinto predador aguçado.
Seus olhares se cruzam.
                Por aproximadamente uns 15 minutos nenhum dos dois ousara tirar os olhos do outro. O ar cheirava a química quando ele a convidou para dançar com um único gesto. Em muito pouco tempo as mãos de Jorge percorriam o corpo de Lia sob o comando de uma música lenta. Primeiro os seios, por sobre a blusa, a boca quase colada no ouvido dela, como que a querer dizer algo, mas palavra alguma foi ouvida. Depois as mãos arriscaram, passearam, saborearam e lentamente desciam e subiam num verdadeiro ritual de acasalamento. Lia, que no começo respirava manso, agora quase arfava ante as investidas de Jorge.
                Ele a pegou pela mão antes mesmo que a música findasse e a levou até o jardim. Sob uma árvore ele a beijou e suas mãos adentraram sua blusinha, invadiram sua saia, depois buscaram sua calcinha que durante o mesmo beijo foi sutilmente ajeitada para o lado. E seus dedos contemplaram todo o desejo que Lia exalava.
                Jorge, com os dedos encharcados, colocou sua mão sobre a dela, mostrou o caminho de seu zíper e, ela sem oferecer resistência o abriu. Sacou para fora o objeto de seu desejo e desceu então, até onde pudesse contemplá-lo e sugá-lo com toda a volúpia que o momento exigia.
                Jorge a puxou para cima com carinho, após saborear aquela boca quente e macia envolvendo seu falo, girou-a e posicionou-se adequadamente de forma que cada centímetro invadido causasse uma sensação ainda melhor para ambos. Fizeram um amor sem amor, mas com uma entrega ímpar até então.
                Lia gozou farto, Jorge continuava e não fosse o preservativo, ele a teria inundado com seu sêmen abundante. Lia, num ato quase automático, desceu até lá e saboreou cada gota que sobrara, presenteando Jorge com um prazer que até então ele desconhecia. Ela, trazia agora o cheiro e o sabor de Jorge entranhando em sua boca.
                Recompunham-se lenta e assanhadadamente, com carícias e provocações.
                — Lia, onde você anda filha?
                Este foi o som que ouviram. O pai de Lia havia vindo buscá-la. Ruborizada pelo risco e pelo feito Lia correu de encontro ao pai, ainda se recompondo, não sem antes apertar com gosto o falo que tanto prazer havia lhe proporcionado a segundos atrás.
                Jorge, ao longe, ainda assistiu o beijo meigo no rosto do pai. Justo aquela boquinha que havia lhe dado tanto prazer ainda agora a pouco. Sorriu de si para si e permaneceu mudo.
                Nenhuma palavra. Nenhuma promessa e nenhuma cobrança. Foi assim que se conheceram e foi exatamente assim que esta estória começou.
                Se ela terminou naquele instante ou se houve depois. Nem eu sei ainda. Estes jovens aprontam cada uma que eu não arriscaria sequer palpitar sobre o que ambos ainda poderiam aprontar juntos.
                E você que está me lendo? 
                Arrisca alguma opinião ou também vai permanecer em silêncio?

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