segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Uma Rosa e Uma Poesia,... Quem diria!

Paulo era louco por Aline. Ele perdia o sono e se pegava sonhando acordado com o prazer de possuir aquela mulher. Mas ele era casado e ela era a melhor amiga de sua esposa.
Aline era mãe solteira, trabalhadora. Mulher séria e de poucos e bons amigos.
Paulo tinha um amigo. Um quase irmão. Confidenciara à ele sobre Aline e, Fredy mais ousado, decidiu que ajudaria Paulo a concretizar aquela louca fantasia.
Uma poesia foi escrita. Uma rosa foi comprada e, perto do serviço de Aline, Paulo dera uns trocados para que um menino entregasse a rosa e o cartão com a poesia para ela. Com a condição de que ele não diria como era o homem que lhe pagara para fazer a entrega.
Era a tarde de uma quarta-feira e, durante dois meses aquele feito virara um ritual. Todas as tardes das quartas-feiras que se seguiram Aline recebia sua rosa juntamente com juras de um desejo quase pecaminoso e totalmente imoral.
Aline corria para a janela do segundo andar do prédio, mas na rua movimentada ela nunca via alguém familiar que pudesse ser o responsável pelas rosas e por tantos desejos.
Numa tarde, a rosa e, ao invés de uma poesia, um bilhete.
“Se você quiser saber quem sou, estarei no bar tal, após o teu horário de trabalho, apareça por lá e sinta de perto todo o desejo que tenho por você!”
Aline não resistiu. A curiosidade mesclada com o desejo despertado por aquele louco ritual falou mais alto em seu âmago e ela foi cegamente. Jamais saberemos se ela desconfiava já de Paulo ou se realmente foi pega de surpresa.
Sabe-se apenas que durante três meses, todas as semanas eles se encontravam e entregavam-se a todas as delícias advindas da luxúria e do prazer a dois.
Depois acabou como tinha que acabar. Aline acostumara-se com sua vida de solteira e sabia que se continuasse se afeiçoaria a Paulo, que era afinal, o marido de sua melhor amiga.
Até hoje, eventualmente se encontram sem que qualquer palavra seja dita sobre o ocorrido e, isto já  tem mais de vinte anos. Um pecado cometido a dois e urdido por uma terceira pessoa, que jamais sequer conhecera Aline, o objeto dos mais secretos desejos de Paulo.

4 comentários:

  1. Que delícia de história!
    beijos da borboletinha!

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  2. MAIS UMA ENVOLVENTE HISTÓRIA, AI, AI, É MUITO BOM PASSAR O TEMPO TODO AQUI...BJS!

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  3. Que safadinhos né?! E enquanto se encontravam às escondidas, o amigo Fredy corria lá na casa do Paulo e traçava sua esposa, kkkkk

    Só este In_ mesmo!

    Beijos meu gaúcho.

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  4. Delicado, sedutor, ousado... Como deve ser!

    Beijos, menino travesso...

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