Não quero ser o último a comer-te. Se em tempo não ousei, agora é tarde. Nem sopra a flama antiga nem beber-te aplacaria sede que não arde em minha boca seca de querer-te, de desejar-te tanto e sem alarde, fome que não sofria padecer-te assim pasto de tantos, e eu covarde a esperar que limpasses toda a gala que por teu corpo e alma ainda resvala, e chegasses, intata, renascida, para travar comigo a luta extrema que fizesse de toda a nossa vida um chamejante, universal poema. Carlos Drummond de Andrade |
sábado, 13 de agosto de 2011
Não Quero Ser o Último a Comer-Te
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E os caras ainda acham que os poemas bons do careca eram aquela viadagem de "tinha uma pedra no meio do caminho"...não leram esses...
ResponderExcluirDarukian
uai e as ferías??? nao consegue mesmo ficar longe dese nosso mundinho virtual??
ResponderExcluirrss
ou ja voltou??
bjocas
ana casada
Lindo poema e imagem deliciosa
ResponderExcluirbeijos
Cris e Junior
http://desejosefantasiasdecasal.blogspot.com/
Essa eu conheço!!! Drummond é sempre Drummond
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