terça-feira, 10 de maio de 2011

Quase Sem Querer

Nani e Lú eram mais que amigas, na verdade eram primas e, apesar de já serem adolescentes e crescidas, havia desde a infância uma fragrância mesclada de desejo e coisa proibida no ar, cada vez que se deparavam com a ausência de mais pessoas.
Certa feita, haveria uma balada e, ambas combinaram que iam juntas. Para tanto, Lú resolvera ir para a casa da prima para ambas arrumarem-se e saírem juntas. Isso, na verdade, acontecera dezenas de vezes antes, mas nunca com o desfecho que estava por vir.
Já no quarto para trocarem de roupas, após algumas caipirinhas saboreadas e sorvidas com soberba, Nani foi ao banho primeiro e cantarolava algo de Lady Gaga já sob o chuveiro. Lú entra sorrateira, só de calcinha e, do lado de fora do box,  acompanha o canto, entra no ritmo, ensaiando uma coreografia um tanto quanto sensual.
Ambas riem da situação, se insinuam numa brincadeira gostosa entre duas até a pouco tempo,... crianças. Nani sai do Box, pega a toalha, seus olhos se cruzam. Brilham! Lú desvia o olhar, mas a boca saliva de vontades.
Nani ainda molhada, alcança a toalha para Lú.
— Me seca as costas?
— Claro prima. Se vira.
Mãos trêmulas, um pouco afoitas. Tentando disfarçar o indisfarçável. Agora  sobre o tecido, percorrendo as costas, descendo até o bum-bum em gestos circulares, lentos e tentadores. Sobe novamente. Não resiste, ainda por sobre a toalha ameaça tocar nos seios, cria coragem e realmente toca. Acaricia como num filme em câmera lenta. A outra mão esquece a toalha. Desce vagarosamente pela barriguinha, toca as coxas da prima, acha seu sexo. Percebe o quanto verte de mel e o calor quase que latejante.
Nani respira pesado, quase arfando, mas continua imóvel. A pele completamente eriçada, cada poro saboreia o carinho advindo das mãos de Lú.
Elas viram-se de frente uma para a outra e seus olhos se cruzam. Desta vez existe um clima de consentimento e cumplicidade pairando no ar. Nani retribui os carinhos, a toalha cai, os olhos brilham primeiro, depois fecham-se num buscar de sensações até então desconhecidas.
Lú abaixa-se. Quer sua boca em contato direto com o sexo da prima.
— Delícia! Gostosa! Balbucia Nani ao sentir a língua quente de Lú alcançando seu grelinho duro e teso. Os seios quase doloridos de tanto tesão.
Segue-se um gemido fino e longo. Era o primeiro gozo desta relação incestuosa e proibida. Elas nem notam que chegaram a cama, ou que Lú perdera a calcinha no trajeto, quando se entregam mutuamente àquele momento ímpar. A reciprocidade de carinhos, beijos e descobertas as havia feito parar de raciocinar. Naquele ínterim, eram apenas seres em busca de prazer.
Adormeceram pela exaustão e acordaram abraçadas como um casal que se amava.
A balada fora adiada, mas o prazer,... Ah, o prazer, este voltou a contemplá-las logo cedo em nova seção de entregas e delícias. Sorviam-se como duas fêmeas no cio e isso era tudo o que importava para ambas.
Agora tinham um segredo. Havia seus namorados, seus amigos e seus familiares. Mas nada importava, afinal, aquele momento era só delas e o resto do mundo estava do outro lado da porta, e lá fora, continuariam como as mesmas meninas divertidas e quase introvertidas que eram.

Um comentário:

  1. Se a ideia da narrativa já excita por si só, a forma como vc descreve dá água na boca...
    Adorei esse conto! Adoro descobertas, adoro situações inesperadas, adoro tesão aflorando...
    Beijos, meu lindo!!!

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