terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Aparentemente Feliz - Primeira Parte


Havia, a muito tempo, em uma cidadela, uma mulher aparentemente muito feliz. Tudo em sua vida era perfeito. Ela tinha uma casa irretocável, dessas com flores no jardim e cerquinha branca. Tinha um cãozinho educado, filhos limpinhos e inteligentes e um marido cuja carreira tornara-os abastados. Suas amigas a invejavam. E, não muito raro, o jornaleco da pequena cidade referia-se ao sobrenome de sua família com um glamour um tanto desmedido.
Assim Linda tocava a sua vida.
Ah, você quer saber se seu nome realmente era Linda?
Talvez sim, talvez não, mas cabe citar que ela era uma linda mulher. Com seus trinta e poucos anos tornara-se uma balzaquiana capaz de despertar desejos em qualquer homem que depositasse seus olhos sobre ela.
Neste mundo construído sobre perfeições aparentes, Linda julgava-se privilegiada. Tinha tudo o que uma mulher poderia desejar e, o que não tinha, não pensava.
Seu marido, sempre ocupado, a muito perdera o hábito de estar com ela. Afinal, era um homem de responsabilidades, destes que não se pode dar ao luxo de perder tempo com qualquer coisa que não lhe venha a dar lucros.
Linda, Linda, Linda. O que você fez com a sua vida? Com os seus sonhos? Ecoava uma voz grave e em tom baixo dentro da sua cabeça.

2 comentários:

  1. hummm...vamos ver o que a Lindinha vai aprontar.rsrsrs. Estas coisas certinha assim eu tenho medo, sabia ?

    Bjim

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  2. Tudo muito rosinha,me dá a sensação de uma ilusão da mesma cor...rsss
    Beijos guri

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