A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.
Carlos Drummond de Andrade
De uma só vez tomei três doses,estou inebriada, em transe... esta última foi demais...
ResponderExcluirDrummond é Drummond,...
ResponderExcluirNão há como não reverenciá-lo prof.
Demais esta poesia, né? O nosso Drummond com aquele jeitinho mineiro, escondia o jogo... rs
ResponderExcluirBj
Helô
Humm... é tão bom ser lambida!
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