terça-feira, 11 de março de 2014

Memórias de Uma Cadelinha XIII - (Depois da sessão)

Depois da sessão ambos repousaram. O merecido descanso de um Dom e sua sub. Afinal foram limites
ultrapassados, amarras, velas e algumas cintadas. Era um mundo novo que ambos percorriam passo a passo de mãos dadas, cuidando cada passo, para que fosse gratificante e de uma entrega ímpar.
Claro, em alguns momentos os gritos ou os risos se faziam ecoar pelo quarto, afinal nem sempre seriam sisudos e litúrgicos. Não era esta a finalidade deles. Queriam beirar os limites do prazer, da entrega e quem sabe, com sorte, um tocar a alma do outro em tamanha entrega. Os meios levavam aos fins e eles estavam no caminho certo.
Mas voltemos a parte que realmente nos interessa: 
“Depois da sessão ambos repousaram. O merecido descanso de um Dom e sua sub.”
Havia no quarto uma banheira de hidromassagem, até então passara despercebida a ambos. A cadelinha pensou que novamente iria beber seu Dono dentro dela, mas não era o momento de reivindicar nada, obedecer estava de bom tamanho para aquele dia de gana e fúria nos desejos contidos por quase um mês.
A água lentamente enchia o espaço vazio, estava tépida, borbulhava. A glicerina líquida fazia seu papel e a espuma fazia-se perceber como que se chamasse a ambos.
Agora já estavam parte imersos, parte risos, parte carpe diem, parte desejos,...
E que desejos, Eles reascendiam numa velocidade ímpar. O tempo de espera os tinha feito famintos e desejosos. A sessão parecia passado. A gula era palavra de ordem.
Sentados frente a frente, água morna, poros quentes. Mãos bobas e corpos ávidos. Cenário perfeito para o inusitado.
Foi neste momento que Atena sentiu entre suas coxas o pé ganancioso de seu Dono. Ele procurava a flor de
mel que tanto o fazia sair de si nas circunstâncias menos prováveis e claro, achou-a.
Primeiro foram passadas lentas, despretenciosas. Elas foram aumentando em movimentos cíclicos, repetitivos. Um quase carinho que ela até então desconhecia. 
Não era possível, seu homem a estava excitando com um dos pés. E o pior, ela estava amando e entregando-se. Aquilo era novo. Completamente novo. 
Sob a água, sob a visão, mas com sensações até então desconhecidas e que ela agora, queria mais do que nunca prová-las até o limite do prazer.
Não. Não demorou para que o som dos gemidos daquela mulher enchessem o local de ecos sem lucidez alguma. Ela gozava para seu homem da forma menos provável.
Ele a mirava de uma forma ímpar. Parecia quase que hipnotizado com o que proporcionava a sua amada submissa. Prazer sem dor, prazer por prazer, sem troca e sem pedir.
Apenas prazer.
E foi assim que ela quase desfaleceu aos pés do Dono. Num orgasmo sob a água morna, sob os olhos de seu Senhor e sob o teto que abrigara o prazer da dor.
Foi assim que ambos declararam sua lealdade, seu amor e tudo o que ainda viria nesta união.
Assim se amaram e despediram-se, pois o aeroporto a chamava quase que num grito proferido pelo relógio tácito e irreverente.

5 comentários:

  1. Terminei de ler o conto toda arrepiada... Em momento algum vi um Senhor e sua submissa, vi um homem e uma mulher que se amam e fazem de tudo para agradar um ao outro e proporcionar o máximo de prazer. Tenho um orgulho imenso de ser a Dinda de vcs. Emocionada com tão linda declaração de amor.

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  2. Você é suspeita. É nossa dinda do cuore. Mas sei que também é sincera e sabe ler as entrelinhas. Só posso agradecer em nosso nome por ofertar gratuitamente uma amizade tão sincera e que nos é tão preciosa.
    Amamos vc dinda nossa!

    Beijo do (In)

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  3. Tudo narrado por ti meu Dono é nós em sua total plenitude,se nossa dinda fica
    arrepiada eu vou as lagrimas quando leio...Porque somos nós em cada linha...
    Por isso a partir de ontem vou cuidar ainda mais do nosso...E espero ti servir
    sempre com toda entrega,de corpo e alma...Amo vc em sua essência....
    De sua menina..Atena...<3

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  4. Sim, somos nós em cada linha e entrelinha.
    Quero vc cada vez mais.

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  5. ahhhh que lindooooo. Não me canso de ler e de amar cada palavra e de admirar e torcer pelo amor de voces, amores de meu coração.

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