Memórias de Uma Cadelinha (Parte VII)

E mesmo sem saber, ela desafiara seu Dono. Faltara-lhe bom senso e isto era imperdoável em uma sociedade que cobrava o tempo todo uma pseudo moral inexistente na prática.

--- Me ensine pra que eu te sirva como esperas e mereces, mas por favor não me castigue com sua frieza. Dizia a cadelinha à seu Dono.

Após uma conversa que arrastara-se quase o dia todo, diz o Dono já cansado:

--- Você será punida por ter agido desta forma.

--- Fale meu Senhor. Como posso me retratar da minha falta? Indagou a cadelinha.

--- Velas!

--- Aiiiiiiii.

--- Ou você faz, ou faço eu assim que estivermos juntos. Pode escolher.

--- Meu erro foi tão grave?

--- É minha decisão. Combinado?

--- Aiiiiii.

--- Combinado?

--- Sim, sim. Como queira Senhor.

E foi assim que a cadelinha subjugou-se ante seu Dono e juntos, viraram aquela página que sequer deveria ter sido escrita.